quinta-feira, 17 de julho de 2014

No lado molhado da noite


Io che non vivo senza te - Chiara Civello - Feat.Gilberto Gil [P. Donaggio , V. Pallavicini]

CHIARA CIVELLO
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Perdi-me em seu espaço
Nas distâncias do seu tempo
Percorri tuas constelações
Divaguei no seu movimento

Em seu rosto de amar
Provei das mudas palavras
O pavor dos meus medos
Medos de não saber voltar

Sonhei encantos e teus desejos
Nas tuas curvas de nudez da lua
Na transparência das tuas vestes
Na alma da noite fez-se nua

Agora bebo das suas águas
Os segredos do seu suor
Provei dos insanos desejos
O silêncio infinito das pedras

Na magia dos teus beijos
O amor tem as asas da noite
Pousa suave sobre teu corpo
Onde a minha vontade é a sua

Em cada gota de nossas loucuras
Recebo o gozo da sua essência
Num enlace perfeito e fogoso
Somos o incontrolável obsceno

Na memória dos tantos beijos
Para saber-te em meus braços
Em nossa respiração deliciada
Os olhos estão fechados de amor

No lado molhado da noite
A lua ainda nua em silêncio
Provoca a tua pele ainda suada
Nos seduz n'outros versos insanos

 -- Posso voar de bando pássaros e ser o tempo do meu vento --



O amar dista a água em fonte


Canto Triste [Edu Lobo e Sérgio Godinho]

Em lento espreguiçar das horas
Um vento despetalar outroras
O tramar-se em saltimbanco
No gramar-se em linho branco

Amanhece o dia entre os lençóis
A manhã cede para tantos sóis
Em travesseiros de alfazema
Entraves solitários em dilema

A amada passeia pelo quarto
Acalmada anseia em pranto
Pelos sentimentos loucos
Selos de momentos roucos

Por onde o amor se guarda?
Esconde em dor e aguarda?
Só um colhedor de sonho
Só, num clamor tristonho

Levas ao beiral do parapeito
Elevas juntas mãos ao peito
No olhar distante o horizonte
O amar dista a água em fonte

Radiante em plena esperança
Diante a demora se faz crença
Se esvoaça num beijo pela mão
Se há graça, se no peito há paixão

--Se viver de meias verdades, não viverás o amor inteiro--