sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Mea culpa, mea culpa...


Nos ponteiros das horas
O tempo passou
Perdi o trem
A felicidade passou
Não a reconhecí
Levou a minha paz
Hei de chorar...
Chorar até o final dos tempos
Guardarei a tua dor
Tamanho espaço no peito meu
Ficará em mim o vazio de amor


Na janela do tempo


Na luz tênue refletida
A saudade aérea e rarefeita
Consome um naco e tanto
De uma parte de mim
Apago a luz e não verei

Pior que a insistência do vazio
Sob o manto da escuridão
Qual indecifrável esquecimento
Ser a dor constante enfim
Acendo a luz e não sentirei

Os lábios confessarão o segredo
Que na musicalidade de um beijo
O coração descompassa o ritmo
Buscando a harmonia do desejo
Tapo os ouvidos e não escutarei

Almas se mesclam em energia
Plenas no silêncio das palavras
Muito além das carícias que enseja
O instante absoluto do momento
Paro no tempo e não calarei

Sem limite de esperança
Na ansiedade da espera
Pudera o firmamento
Dissimulasse de jasmim
Sob a luz divina e findarei

Passante pelos vários mundos
Desvendando todos os segredos
No tempo que os manifestar
No curso dos teus sagrados dias
Sei (até lá saberias) e eu não mais existirei