terça-feira, 28 de julho de 2015

FUNDAÇÃO PROJETO TRAVESSIA - Pelos Direitos da Criança e do Adolescente

FUNDAÇÃO PROJETO TRAVESSIA

A Fundação Projeto Travessia é uma organização social criada em Dez/1995, para defender e promover os direitos de crianças e adolescentes em situação de risco. Através de ações pedagógicas, do fortalecimento dos vínculos familiares e da valorização das potencialidades das crianças e dos adolescentes, a Fundação busca continuamente promover a garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente junto à sociedade em geral, combatendo as violações a que estes cidadãos estão expostos.
O Travessia tem investido, desde sua criação, na articulação de parcerias necessárias para oferecer atendimento qualificado às crianças, adolescentes e suas famílias.
http://www.travessia.org.br/

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Travessia  -  1967  -  Milton Nascimento e Fernando Brant

http://www.miltonnascimento.com.br/site/ e http://www.flavioventurini.com.br/

http://www.museuclubedaesquina.org.br/artistas/

Quando você foi embora
Fez-se noite em meu viver
Forte eu sou mas não tem jeito,
Hoje eu tenho que chorar
Minha casa não é minha,
E nem é meu este lugar
Estou só e não resisto,
Muito tenho prá falar

Solto a voz nas estradas,
Já não quero parar
Meu caminho é de pedra,
Como posso sonhar
Sonho feito de brisa,
Vento vem terminar
Vou fechar o meu pranto,
Vou querer me matar

Vou seguindo pela vida
Me esquecendo de você
Eu não quero mais a morte,
Tenho muito que viver
Vou querer amar de novo
E se não der não vou sofrer
Já não sonho, hoje faço
Com meu braço o meu viver

Solto a voz nas estradas,
Já não quero parar
Meu caminho é de pedra,
Como posso sonhar
Sonho feito de brisa,
Vento vem terminar
Vou fechar o meu pranto,
Vou querer me matar

Vou seguindo pela vida
Me esquecendo de você
Eu não quero mais a morte,
Tenho muito que viver
Vou querer amar de novo
E se não der não vou sofrer
Já não sonho, hoje faço
Com meu braço o meu viver

CONFERÊNCIAS DO ESTORIL - CE 2011 "Murar o Medo" - Mia Couto

CONFERÊNCIAS DO ESTORIL Desafios Globais - Respostas Locais 

Orador
MIA COUTO - CE 2011 - 2011.05.06
http://www.estorilconferences.org/pt/archive/2011/speakers/mia-couto-ce-2011
" Bom, nada mais inseguro do que um escritor numa conferência sobre segurança, 
um escritor que se sente um pouco solitário porque foi o único convidado nesta e na anterior edição. Preciso de um abrigo, preciso de um refúgio. É um texto que vou ler... 
o presidente tinha dito que eu devia falar espontaneamente. 
Não sou capaz em sete minutos. Eu escrevi este texto que vou ler e chama-se Murar o Medo."

Murar o Medo

"Os que trabalham têm medo de perder o trabalho; os que não trabalham têm medo de nunca encontrar trabalho; quando não têm medo da fome têm medo da comida; os civis têm medo dos militares; os militares têm medo da falta de armas e as armas têm medo da falta de guerras.

E, se calhar, acrescento agora eu: há quem tenha medo que o medo acabe."

Muito obrigado.
MIA COUTO 

terça-feira, 7 de julho de 2015

o medo que o amor pudesse me esquecer


Pedro Aznar - Fragilidad [Sting]
http://www.pedroaznar.com.ar/
Pedro Aznar (Buenos Aires, 1959) é um compositor e intérprete argentino.
Tem o contra-baixo como instrumento primário. Utiliza também o piano a guitarra e outros instrumentos em arranjos diversos.

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“Viviane et Merlin se reposant dans la forêt”

Paul Gustave Doré  [06/01/ 832, Estrasburgo, França-23/01/1883, Paris, França] foi um pintor, desenhista e o mais produtivo e bem-sucedido ilustrador francês de livros de meados do século XIX.  https://pt.wikipedia.org/wiki/Gustave_Dor%C3%A9
Gustave Doré Art Collections
http://www.artsycraftsy.com/dore_prints.html
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o medo que o amor pudesse me esquecer

depois de abrir meu coração 
e deixar o teu amor entrar 
nunca pensei que ele me deixaria triste
hoje não me importo mais, sorrio 

sei o motivo do sol da manhã
sei de todos os meus medos 
eles começaram a desaparecer 
voaram juntos com os meus sentimentos

olha, o que encontrei como lembrança!
o medo que o amor pudesse me esquecer
não há mais perigo, nem raios, nem trovões
porque não me importo, nunca houve amor

nunca houve nada de importante
nada à importar para preencher o vazio
apenas o sucesso de sua vida vazia
nenhuma mão que valesse a pena segurar

nem me faz falta a sua mão para segurar
quando chove não sinto mais frio
o vento não sopra contra mim
aprendi a enfrentar as noites sozinho

não preciso da sua coragem para me perder
nem de uma aparente e morna paixão
dos que nunca souberam realmente
que não há motivo para amar

não posso te culpar, ama-se ou
todo mundo é obrigado a ser feliz
na aparência que se leva em conta
a fina e polida estampa dos culpados

no bolso algumas doses de felicidade
algumas cores da aparente euforia
o que sempre nos trai é a ambição
na busca de uma ilusão para ser feliz

quem nunca soube no imaginário ou real
que em sendo aquilo que se é
e podendo mais ser, seria amado
mas, nunca saberemos quem somos

do tal amor que tantos falam
que ninguém o vê ou se toca
se dura por um frágil momento
como uma faísca na escuridão

um amor é só para o meu tolo
e aos que não são ou se acham perfeitos
àqueles que estejam apenas longe de nós
se "longe é um lugar que não existe"
é o longe, a palavra que desiste de amar

"O Amor, meu amigo, o Amor é uma chispa da Luz Eterna, que penetra a nossa alma, e nela grava o cunho das coisas imperecíveis."  Bezerra de Menezes