quarta-feira, 26 de agosto de 2009

A lua que me resta


Nasceu em mim a tua presença
Mostrando-me a tua dor
A ela transpus-me louco
Peito aberto de amor

Em teu rosário uni-me em tuas preces
No teu sorriso a minha alegria
Das tuas lágrimas a amargura
Sou tuas promessas de desventuras

Percorres pelas minhas artérias e veias
Reconhecendo a cada tecido do que sou feito
Asfixia-me a saudade e venosamente clamo.
Oxigena-me a alma

Enfraquece-me o teu silêncio
Sentenciando-me ao suplício da noite
Negas ao luar adentrar pelas frestas
Suave teu cálice transbordas

Sob a lua que me resta
Cala-me de amor e beijas