segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

O amor perfeito


No banco de madeira
Num jardim fora do mundo
Jaz em ciclo perfeito uma folha
Se fora o tempo e tudo se cala

A existência em absoluto silêncio
Para um minuto de saudade e de dor
Indiferente ao redor gira o planeta
Tolamente sem saber para onde

As mãos escolhem as palavras
Unindo-as em longos fios no tear
Da alvura brindar-lhe o colorido
Pelo amor que gerou a vida

Sobre a cabeceira um livro eterno
De um amor mais que perfeito
O branco do meio ao fim das páginas
A saudade escreve com as mãos ausentes

No tear a alvura dos longos fios
Tece em memória de uma vida
Pairando sobre o rosto Divino
O manto de um sagrado amor.