sábado, 25 de abril de 2015

morrer mil vezes pela mesma dor


Keith Jarrett Trio - Blame It on My Youth[Jamie Cullum]-Standards II [Live in Tokyo, Japan 1986] - Keith Jarrett - Piano - Gary Peacock - Bass - Jack DeJohnette - Drums

KeithJarrett.org - An unofficial website about jazz pianist Keith Jarrett
http://www.keithjarrett.org/
Keith Jarrett (Allentown, 8 de maio de 1945) é um compositor e pianista estadunidense. As suas técnicas de improvisação conjugam o jazz a outros generos e estilos, como a música erudita, o blues, o gospel e outros. http://pt.wikipedia.org/wiki/Keith_Jarrett
The Standards Trio - The Jarrett-Peacock-DeJohnette trio - Jarrett, bassist Gary Peacock and drummer Jack DeJohnette - http://en.wikipedia.org/wiki/Keith_Jarrett#The_Standards_Trio

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Jeanne Mammen. Tod [Death] (intended as an illustration to “Tentation de Saint Antoine” [The Temptation of St. Anthony]). 1913-1916. http://caryseen.tumblr.com/page/56

"Pintar é amar de novo."  
Jeanne Mammen  [21/11/1890 Berlim - 22/04/1976 ibid] foi uma alemã pintora e ilustradora. O seu trabalho tem surgido no contexto da nova objetividade e simbolismo . As personagens femininas, ela pintou em sua maioria, muitas vezes aparecem viril e ousadia. Isso refletiu a artista para a cena na sua afinidade lésbica, como a principal subcultura urbana.  http://de.wikipedia.org/wiki/Jeanne_Mammen
The Artist Jeanne Mammen (1890 - 1976)   
The Artist Max Delbrück Artworks in Museums
Style Periods Editions       Chronology
Jeanne-Mammen-Foundation Individual Exhibitions Contacts
http://www.jeanne-mammen.de/html/english/contents/artist.html

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 morrer mil vezes pela mesma dor 

falar de amor de boca flácida
qualquer um diz que ama
quando faz de tudo o que se gosta
sinta-se, o amor não se faz, é sentimento

muito se ama na distância entre dois corpos
os amores que surgem do nada
imaginados em grandes blocos de neve
ou derretem para evaporar na primavera

ou tenho pena de todos esses eus
no transcorrer da única viagem
premeditando a própria tragédia
saberão, só há misericórdia na solidão

alegria na dor e no sofrimento
já foi um sonho por muitas vezes
uma prisão, submissão e dependência
o esquecimento é uma ilusão

a solidão é liberdade
uma amada para poder morrer
morrer mil vezes pela mesma dor
e continuar morrendo de amor

morrer
morrer
e morrer
e ainda continuar vivo de amor

todo mundo é, tem ou foi,
um fracasso de amor
incompreendido, abandonado
um erro descuidado pela própria sorte

ou um truque do destino
um erro da besta humana
para um ser crucificado
um outro ser atormentado

todos pensam que se amam
não há nada que possa ser feito
até a dor ser conhecida
o momento do saber de amor

que a solidão é a loucura
é a paz da desventura
a única fiel amante
dos incapazes de amar

não há vida para ser morta
nada há para ser amado
uma gentileza dos enganados
nenhum ramalhete dos tolos

raros intelectos usam da lógica
há os que acreditam no que não veem
por amor se salva e por amor se mata
há um diálogo de surdos

todos insistem
e sangram pelos séculos
se viver o pleno amor na solidão
a solidão é perfeita enquanto morte

somos todos solidão
e continuamos a morrer de amor
desaprendemos como ser amados
e amar mil vezes pela mesma dor

http://www.luso-poemas.net/
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