quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Tempo do medo


Sobre o frio cristal transparente
Como o vento por entre os dedos
A mão do tempo, no presente,
Cria a imagem dos segredos

Ilusória idéia de juventude imortal
Onde as horas se somam infindas
Tornando o medo sobrenatural
Contando as relíquias escondidas

Estar só e rodeado pelo medo
Diante da morte nascido para a vida
Nascido para, tarde ou cedo,
Termos a eternidade concebida

Se morremos no amor a cada instante
A cada dúvida, na falta de beijos
Se nascemos no amor extravasante
Na dor incontida, sob todos os desejos

Nascer e morrer em cada verdade
Dos momentos transitórios, a essência
O medo efêmero que se desfaz
Na eternidade a consciência

Amar sem razão para amar
O amor em sua própria transcendência
Como as estrelas que não vemos,
Em própria resplandecência

Restarás eterno...

Nenhum comentário:

Postar um comentário