terça-feira, 7 de julho de 2015

o medo que o amor pudesse me esquecer


Pedro Aznar - Fragilidad [Sting]
http://www.pedroaznar.com.ar/
Pedro Aznar (Buenos Aires, 1959) é um compositor e intérprete argentino.
Tem o contra-baixo como instrumento primário. Utiliza também o piano a guitarra e outros instrumentos em arranjos diversos.

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“Viviane et Merlin se reposant dans la forêt”

Paul Gustave Doré  [06/01/ 832, Estrasburgo, França-23/01/1883, Paris, França] foi um pintor, desenhista e o mais produtivo e bem-sucedido ilustrador francês de livros de meados do século XIX.  https://pt.wikipedia.org/wiki/Gustave_Dor%C3%A9
Gustave Doré Art Collections
http://www.artsycraftsy.com/dore_prints.html
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o medo que o amor pudesse me esquecer

depois de abrir meu coração 
e deixar o teu amor entrar 
nunca pensei que ele me deixaria triste
hoje não me importo mais, sorrio 

sei o motivo do sol da manhã
sei de todos os meus medos 
eles começaram a desaparecer 
voaram juntos com os meus sentimentos

olha, o que encontrei como lembrança!
o medo que o amor pudesse me esquecer
não há mais perigo, nem raios, nem trovões
porque não me importo, nunca houve amor

nunca houve nada de importante
nada à importar para preencher o vazio
apenas o sucesso de sua vida vazia
nenhuma mão que valesse a pena segurar

nem me faz falta a sua mão para segurar
quando chove não sinto mais frio
o vento não sopra contra mim
aprendi a enfrentar as noites sozinho

não preciso da sua coragem para me perder
nem de uma aparente e morna paixão
dos que nunca souberam realmente
que não há motivo para amar

não posso te culpar, ama-se ou
todo mundo é obrigado a ser feliz
na aparência que se leva em conta
a fina e polida estampa dos culpados

no bolso algumas doses de felicidade
algumas cores da aparente euforia
o que sempre nos trai é a ambição
na busca de uma ilusão para ser feliz

quem nunca soube no imaginário ou real
que em sendo aquilo que se é
e podendo mais ser, seria amado
mas, nunca saberemos quem somos

do tal amor que tantos falam
que ninguém o vê ou se toca
se dura por um frágil momento
como uma faísca na escuridão

um amor é só para o meu tolo
e aos que não são ou se acham perfeitos
àqueles que estejam apenas longe de nós
se "longe é um lugar que não existe"
é o longe, a palavra que desiste de amar

"O Amor, meu amigo, o Amor é uma chispa da Luz Eterna, que penetra a nossa alma, e nela grava o cunho das coisas imperecíveis."  Bezerra de Menezes

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