quinta-feira, 3 de abril de 2014

Por quantas verdades preferi a dúvida


Nem um Dia - Djavan

Como cresceu a tua presença em mim
Em tantos conflitos o desfolhar em vida
Quantos alvoreceres na minha saudade
Por quantas verdades preferi a dúvida

Promessas do para sempre encontra o fim
Em cantos repletos de incompletude ida
Guardados em tantos favos à reter o mel
Por tantas iniquidades auferi em dívida

Rasguei meus mapas e perdi navios
Sem ter uma sentença no destino meu
Com as longas capas no chover pavios
Nenhuma faísca no relampejar no breu

Se no amar foi ao distante catavento
Na seriedade de uma cálida paciente
Sem no mar de uma paixão ao vento
A eternidade em paz espera consciente

A suavidade do gesticular delicado
Em preservares a água em minha espera
Em sua vida de particípio deliciado
A sua vida de somar um caminho pudera

Por tantas iniquidades aprendi em vida
Ser o mar de uma única paixão enfim
Por quantas verdades preferi tua dúvida
Em duas confissões para o mesmo fim