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"Nunca é tarde...
Ou cedo para amar-te.
Ou tarde para ter-te.
Nessa brevidade da vida.
Levo um pouco de ti.
Deixo um pouco de mim.
Deste encontro,
Nunca mais seremos os mesmos.
Passamos por este tempo e espaço,
Entre a vida e a morte.
Amando-nos, fazendo arte."
aoshiro
Emílio Vitalino Santiago, nascido no RJ, em 6 dezembro de 1946,
filho adotivo, ele diz que deve tudo que conquistou à sua mãe.
Começou a trabalhar aos 13 anos.
Frequentou a Faculdade Nacional de Direito na década de 1970,
onde formou-se por insistência dos pais.
Começou a cantar em festivais universitários
nesta mesma década.
Nunca mais parou de cantar e encantar com sua voz.
Foi o homem, fica a sua obra!
Bau Inspiração (Rufino Almeida) Cabo Verde-Noite de Cabo Verde no Zènith
Zènith de Paris 28 Avril 2001
Ela chegou intensa e lenta
Como quem devora todos os sentimentos
Muito além de todas as músicas
Muito além de todos os textos
Acima de todos os pretextos
Em verdade...
Para o espanto dos excêntricos
Ela chegou feito o silêncio que escuta o vento
Sobre as folhas, sobre as lajes, sobre as telhas
Ela chegou sobre mim e meu nefasto tempo
Sobre a ameaça, sobre a dor, sobre o amor
Ela chegou sobre a falsa liberdade
Sobre os pedaços do coração
que rolam nos degraus da escada
Ela chegou sobre todas as máscaras
Sobre a disfarçada delicadeza
Sobre o duelo de todas as neuroses
Ela chegou sobre o atrativo e o assustador
Sobre todas as ambiguidades das relações
Sobre o luxuoso e sobre o paupérrimo
Ela chegou sobre todos os desertos e os oceanos
Sobre todos os medos que fazem parte da dor
Corra, proteja-se!
E quem disse que falo do príncípio e do fim
Se o inevitável é a morte?
Falo da chuva sobre a fragilidade humana
Saciei em ti o sabor doce do fruto
Na amargura do meu tempo
A melancólica palidez humana
Na indiferença cruel que silencia
Quando na oração dos tempos
No teu corpo fazia a nascente
Nos teus olhos a água cristalina
Na boca do peixe que me flutua
Repouso no sorriso dos teus lábios
A tua felicidade em que me procuro
No desejado dia amanhecido
Nas preces à compaixão dos homens
Lamento as guerras do meu medo
Fartei-me na vitória dos mortos
Da tua carência vivi o meu desejo
Dói-me a doença que não se cura
Na flor da terra de outros povos
No desprotegido semear do coito
As crianças morrem de infância
Na gravidez desumana da alma
Quando na oração dos tempos
Os templos pouparem sua herança
Nas tuas mãos abrirem os oceanos
N'outro continente repousar as preces
Se de um lado há dor e sofrimento
Do outro lado basta-me de indiferença
Jamais morrerei em mim tantas crianças
Na soberba indiferença dos povos
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"A África além de serem afetados por inúmeros problemas, como a fome, conflitos, pobreza também passa por uma imensa crise de AIDS que teve inicio dos anos 80, onde que a doença atinge todas as classes sociais e já matou mais de 20 milhões de pessoas em varias regiões da África do sul." A epidemia de AIDS condena, principalmente, as crianças que nascem contaminadas durante o parto. Centenas de crianças morrem por falta de tratamento e as que são tratadas morrem por falta de medicamentos.
http://www.africaurgente.org/epidemia-de-aids-na-africa-video/
Bau - Filosofia - D'abord repéré comme accompagnateur de CESARIA EVORA (à partir de 1991), puis son directeur d'orchestre (de 1995 à 1998 -- il est l'auteur des arrangements de l'album « Cabo Verde »).