sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Amada nostalgia


Queria amar-te um pouco.
No tamanho exato do desejo.
Nem muito, nem rouco.

Queria possuir-te intenso.
Sem culpa, nem afoito.
No gozo infinito indefenso.

Queria tornar-me teu.
Transformar-me num louco.
Ser pouco ou muito seu.

Queria habitar-te o peito.
Mas bem sei onde moras.
Lá te encontro perfeita.

Queria conjugar-te a vida.
Reclusa em meu coração.
Nele estarás aquecida.

Queria acordar um dia.
Num lindo amanhecer
Com os pés na via.

Queria estar apenas,
Nas suas poucas lembranças
Nas entrelinhas da tua poesia.

Queria estar em agonia, amando-te
E por esse amor conviveria
Transformando-te em nostalgia