quinta-feira, 26 de julho de 2012

Sonata ao silêncio





Da semente ecoa a madeira
Da seiva bruta à vibração das cordas
No passar dos arcos
As notas agudas do coração

Os violinos ressoam no ar
Sobre o mar em onduladas vagas
Vagas acústicas em outras cordas
Transformando-as em palavras

Os olhos cerram no fechar d'alma
Palpitam os sons graves e agudos
Numa inspirada harmonia
Gotas a lacrimejar acalma

Desenfreada a paixão cresce
Nos intensos sons da agonia
O que pela mão vem escreves
Nascendo na música a poesia


Imprescindível






O que pulsa no coração
Corre pelas veias
Transborda em lágrimas
Umedecendo a terra

A quatro mãos
Celebrando o amor
Construindo à paz
Perpetuando à vida

Rumo à eternidade
Imprescindível
A arte de viver
A vida com arte

terça-feira, 10 de julho de 2012

http://desescrupulada.blogspot.com.br/?zx=ba150ab4bf359f2b


Gidon Kremer "Oblivion " de Astor Piazzolla.


Marinas nocturnas

diques en perpectivas infinitas
paisajes oníricos
siluetas enigmáticas perdidas en el vacío y, aunque no se vean,
aguas negras, el viento y la no luz del mar de tu norte
que se filtran hasta en tus inquietantes pupilas.
bolsillos llenos de reveses de espejos.
latidos que incineran. sangre tumultuosa.
caliente. tibio. frío.
un calidoscopio de luciérnagas.
un autorretrato del quebranto.
la caricia pálida y un abrazo seco.
tanta tristeza para decir tan poco
ni una ópera prima le es permitida.
sólo la oscuridad a la que fue sentenciada.
un telón negro de satin sin brillo
un envenenador de ángeles.
Barnabás.
dos susurros en desencuentro.
y las ganas de desnudarse...
(Melaína Kholé)

.