Fiorella Mannoia - Torno al Sud [Vuelvo al Sur - Astor Piazzolla]
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"GEISHA JAPAN" Official News Letter
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sofre o coração
que só se faz ser feito
em branco brilho frio de neve
num pensamento satisfeito
o quê será?
o quê será de mim
se até aquilo que escrevo
não posso ser o que quis?
Se faço sempre o que não sou
Ai de mim!
Ai de mim!
pobre coração que não importa
o que não pode ser retirado
a branca adaga que o protege
é ter na mesma o ser que sangra
a existência cobre de palavras
e não pulsa em sentimento
vai-se na própria lembrança
o único momento de memória
Fui memória alheia
A história inventada
Só o começo, a poeira e o fim
Se ainda fosses tu para saber de mim
Para me dizer quem sou
Ai de mim!
Ai de mim!
sobre os cordiais nascerá o novo
nos que confiam no que são
e irão livres dos perdões
no clamor de ser pelas verdades
pobre é coração amargurado
em tantos teres, ter só a si mesmo
quando o engano pensa que ama
só importa o vazio de ser sucesso
o quê será?
o quê será que fiz de ti?
Será que fomos sós
neste nosso fim?
Ai de ti!
Ai de nós!
Ser o amor, se ter fosse possível
única verdade passível de abstração
nenhum coração o que tenha visto
pode ser d'uma diferente natureza
o amor não se tem certeza
basta ser o que se é
para sê-lo, basta ser
basta ser mais que uma falsa ideia
Será que foi amor?
Quem será que foi feliz?
Quem nos dirá somente a verdade?
A palavra tem um corpo
e nós estamos nus
Ai de mim!
Ai de nós!
Ai do existir!
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