segunda-feira, 12 de julho de 2010
Desencontro de almas
O coração pulsa plangente
Que a saudade persiste latente
Na alternância do sol e da chuva
No sabor o azedo e o doce da uva
A ilusão reclusa dos amores
Cravando no chão os rancores
Com raízes profundas daninhas
Para resistir solitário as ventanias
Nos sonhos passou a amada
Olhar perpassando o público
Malabaris por um amor idílico
Perdido na longa caminhada
Tão ansiada que não a tenho
Fez-se de amada por si mesma
Engano meu a esperança prisma
De fadada sorte nem sou advinho
Sequer a felicidade passou a porta
Circum-navegou a profetizada amada
E o amor em sangradouro pela aorta
Palidamente restou-me a deriva
Não existe paz no desencontro
Pois sei, mas resisto em claustro
Na insistente procura do não acharás
O amor que procurei ao Deus-dará
Nada importa se resisto ao tempo
O quanto de desespero e solidão
Nada será maior que o sofrimento
Dessa ausência em mim
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Estarei, passando de quando em quando, presente para algumas mensagens.
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