domingo, 21 de março de 2010

Aos pés da montanha



Como é longa e curta essa estrada
Morrendo aos pés da montanha
Plena de nuances, curvas e obstáculos
Vida de viver com vontade tamanha

Alguns param sem uns poucos passos
Ao longo desse caminho que todos começam
O caminho do meio para outros lassos
Há os que a dor de uma saudade carregam

Aos magos que revelam a realidade
Viver será sempre a maior magia da vida
Ainda uns poucos convivem com a verdade
Há outros tantos que a rodeiam com amurada

A estrada segue o próprio destino
Margeada pelo verdejante campo
Por vezes rasteira sem descortino
Entretantos maturando no seu devido tempo

Pelo corpo os ventos cortantes
Os pés sobre o solo árido
Entre tantos passantes
Caminhas sozinho sem alarido

No vespertino despertar da noite
Dentre as estrelas o silêncio
A solidão entre as mãos em açoite
Aos pés da montanha o prenúncio

No final da longa estrada do ter
Para cada ser um ventre materno
No tempo de pensar em ser
Galgar a montanha rumo ao eterno