Eleni Peta performing Astor Piazzolla's "Oblivion" (J'oublie)
On stage with Al Di Meola, Panagioti Margari and Fausto Beccalossi
Respiram sonolentas vagas
Sopram na pele a calmaria
A chuva cobre o oceano
O sabor do solitário Deus
Cadentes solidões de estrelas
Cravam o azul de amar profundo
O corpo queda em terra fresca
Esvai os versos que nunca não foram
Das emoções imprometidas
A exaustão dos olhos do tempo
O pecado clama a inocência
Na boca dos condenados
Saudade que reluz na linha d'água
O brilho adolescente dos sonhos
Lembranças de porvir enluaradas
Na ingenuidade dos inocentes
Angústia ácida que corrói nas veias
Na asfixiante aridez a solidão das eras
Amores contam estórias
Modestos sonhares de eternidade
D'uma felicidade refenecida
De um infindo olhar de riso
O tempo não se apaixona
Arrasta impiedoso os arrepios da pele
Sonha o voo de outras estórias
Voltar por caminhos nunca idos
Num descobrir o inatingível
Amar a face oculta da lua
Desbravadas metáforas desnudas
Em surpresa abismam enlouquecidas
Pousa a pena na palavra
Espalmadas mãos de alçar-se ao voo
Voar como se fora o eterno
Pousar memórias de outro ser
Amar magias de eterna cruz
A luz reluz dos amores líquidos