quinta-feira, 19 de março de 2015

Quando o dia, no amanhã, for despedida


Chiara Civello - Problemi[ChiaraCivelloVEVO] Chiara Civello/ Ana Carolina/ Dudu Falcão
Regia di MARCO SALOM - Casa di produzione ANGELFILM Music video by Chiara Civello performing Problemi. (C) 2012 Intersuoni Srl
http://www.chiaracivello.com/web/
Chiara Civello nasce a Roma, dove muove i suoi primi passi da musicista. Appena compiuti i 18 anni lascia la capitale alla volta dell’America, dove frequenta il “Berklee College of Music” e diventa la prima artista italiana nella storia ad esordire con un album inciso per la prestigiosa etichetta Verve Records, prodotto da Russ Titelman, suo scopritore. 
Frutto del lavoro di questi anni sono le dieci canzoni del suo debutto discografico, “Last quarter moon” (Verve 2005), sette delle quali scritte da lei e tre in collaborazione con altri artisti, compresa la ballad “Trouble”, composta a quattro mani con il leggendario Burt Bacharach. 
~.~.~
Belleza Pompeiana - John William Godward (British, 1861-1922) 
http://www.johnwilliamgodward.org/
John William Godward foi um pintor inglês do final do período Pré-rafaelita.  [09 de agosto de 1861, Wimbledon, Londres, Reino Unido - 13 de dezembro de 1922, Londres, Reino Unido] http://en.wikipedia.org/wiki/John_William_Godward
~.~.~

Quando o dia, no amanhã, for despedida

De um som que se aproxima nas calçadas
Meus tremores dos teus passos pelo corpo
O sonho em seduzido vento em teu perfume
Suavemente a tua cumplicidade me apaixona

Quando a noite abraça o dia pelas ruas
Nem tanto a lua brilha quando passas
Brilha a vida entre tantas luzes e te faz dia
Como um sol que se ilumina nos meus olhos

Se abro o peito ao libertar os meus delírios
Me balanço no teu corpo em que caminhas
O quê me faço em afagar nos teus cabelos?
Onde levas a sorte de receber o teu sorriso?

Se tua vida venha a cuidar-se feito a minha
Num abandono entre o corpo um no outro
O beijo em que nem a distância se eternize
Seriamos dois em nós e não nos perderíamos

Pudera se essas ruas não tivessem o fim
Teria a esperança do teu olhar do infinito
Quem dera o teu lenço distraído nas calçadas
Acalmasse a tua lembrança no amanhã

Quando o dia, no amanhã, for despedida
Saberei de ti num pesar por mais um dia
Buscarei num abraço que te guarda a noite
Numa das ruas me encontro na tua esperança

--- Talvez no amanhã possamos parar e conversar sobre a vida e seus amores ---

http://www.luso-poemas.net/modules/news/index.php?uid=17088

quarta-feira, 18 de março de 2015

Na boca ainda há sangue e o sabor acalma


 - official website -    http://www.teresasalgueiro.pt/
Teresa Salgueiro nasceu em Lisboa a 8 de Janeiro de 1969. Em 1986, com apenas 17 anos, integra o mais famoso grupo Português de sempre no estrangeiro – Madredeus. Entre 1987 e 2007, com os Madredeus, vendeu mais de cinco milhões de discos em todo o mundo. Participou, também, como atriz principal, na longa metragem de Wim Wenders, intitulada “Lisbon Story”.
Em paralelo com a actividade do grupo, edita o álbum “Obrigado” (2006) que reúne participações com vários artistas como José Carreras, Caetano Veloso, Angelo Branduardi, entre outros.  ...." http://www.teresasalgueiro.pt/pt-pt/biografia
~.~.~

Canção Sentimental. Berthe Worms, 1904. Anna Clémence Berthe Abraham Worms, mais conhecida como Bertha Worms foi uma professora e pintora de gênero e de retratos franco-brasileira. (Uckange, França, 26 de fevereiro de 1868 - São Paulo, 27 de junho de 1937)
Acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo. http://pt.wikipedia.org/wiki/Bertha_Worms
~.~.~

Na boca ainda há sangue e o sabor acalma

Se ainda circulas pelas veias do corpo
Como o álcool gélido sorvido na noite
Das noites que não conseguem dormir
Como as manhãs que surgem de açoite

Talvez seja o tempo sentado lá fora
Capaz de suportar o demasiado frio
Incapaz de encontrar-se no céu noturno
O quê há além do nada, o caos e o vazio?

Se no mundo existem lugares e amares
Um mundo de razões levadas ao vento
Diga-me se o vento vem da direção do mar
O quê há além fronteiras de outros mares?

Se pairavas nas nuvens no céu de inverno
Cantando os segundos aos meus ouvidos
Talvez o extremo seja as razões do inferno
Como os corações de gelo flutuam nos rios

Há nos sentimentos uma enorme distância
É como não sonhar o sonho de outra pessoa
Se não podemos voltar da morte do tempo
Não voltamos no amor que no coração ressoa

Sufoca-se na fumaça negra e cinzas brancas
Tragadas por um céu de nuvens escuras
No solo se adubam as dores com as cinzas
Não se morre de amores e nem há mais curas

Se ainda caminhas sobre o sofrimento e as dores
Na boca ainda há sangue e o sabor acalma
Se não demoras, onde não houver amores
Haverás de ser o alguém n'algum lugar da alma


~.~.~  "Onde não puderes amar, não te demores" Frida Kahlo ~.~.~
http://pt.wikipedia.org/wiki/Frida_Kahlo

http://www.luso-poemas.net/modules/news/index.php?uid=17088

terça-feira, 17 de março de 2015

Um site para Elis


Elis Regina 70 anos e o legado de Elis

"Sou apenas o meu tipo inesquecível..."

O legado de Elis e seu aniversário são celebrados com o site http://www.elisregina.com.br/

"Decidimos criar o site com o objetivo de alimentar a memória de Elis, a obra e a pessoa, através de seus discos, apresentações ao vivo, entrevistas, fotos, reportagens e depoimentos.
O lançamento no dia 17 de março, seu aniversário de 70 anos, é um presente dos filhos pra Elis.
E um movimento de gratidão aos fãs, aqueles que a mantém tão presente"

Nas páginas do site:
. Eternamente: Cronologia, Depoimentos, Fotos. 
. Por Elis:  (ouça e veja)  Álbuns completos, Compactos , Participações em LP's, Vídeos.
. Para Elis: Fã Clube, Exposições, Teatro, Cinema
. Para Você: Livro Viva Elis, Wallpaper, Loja
. Blog
. Contato
Por João Marcello Bôscoli

"Para comemorar os 70 anos de Elis Regina, entra no ar hoje o portal que traz todo o conteúdo da exposição ‘Viva Elis’, recebida por algumas cidades brasileiras em 2012. “Nem Elis foi esquecida, nem Luiz Gonzaga (1912-1989). Vamos ver se o mesmo acontece com Dominguinhos (1941-2013)”, conta João Marcelo, um dos responsáveis pelo site e pelo show ‘Elis 70 Anos’, com compositores lançados por ela."  [http://odia.ig.com.br/diversao/2015-03-17/pimentinha-os-70-anos-de-elis-regina-sao-celebrados-com-biografia.html]


Elis Regina e Tom Jobim - "Águas de Março" - 1974

quarta-feira, 11 de março de 2015

O amor eternizado


Osvaldo Lenine Macedo Pimentel, conhecido apenas como Lenine, (Recife, 2 de fevereiro de 1959) é um cantor, compositor, arranjador e músico brasileiro. Ocupa a cadeira 38 como acadêmico correspondente da Academia Pernambucana de Letras.
Lenine ganhou dois prêmios Grammy Latino: um pelo “Melhor Álbum Pop Contemporâneo” com seu álbum "Falange Canibal"; e outro em 2009 na categoria melhor canção brasileira com a música "Martelo Bigorna".
Blog Acontece CDS / DVDS Fotos e Vídeos Comemória Downloads Bio Contato
http://www.lenine.com.br/
~.~.~
The Nurture of Bacchus
about 1628, Nicolas Poussin
The National Gallery, Trafalgar Square, London WC2N 5DN
~.~.~
O amor eternizado

Se te deixo partir para outros lábios
Para que fiques em mim no último beijo
O teu sentimento se vai para outras vidas
Para deixar-te no coração em eterna morada

Se te perco do encontro a paixão [in]concebida
Faço de ti a profecia no monge silencioso
O eterno que medita no teu olhar infindável
No teu peito toca ao longe a minha triste sina

Se me faço chuva em queda suicida
Nada peço molhando os teus cabelos
Na pele sedento em percorrer teu corpo
Umedecendo a minha secura nos teus lábios

Se te liberto para eternizar a última poesia
Te aporto no ancoradouro das ilhas morenas
Na tua quietude que o vento arrasta
Os pedaços da rasgada folha que escrevo

Se te faço canção para que morras em mim
Com outra face dances até a noite enlouquecida
Girando, girando os corpos até a inveja lasciva
Para que as causas esqueçam os seus mortos

Se te deixo ir como os veleiros silenciosos
Tua face de lua encoste n'outras faces de sol
Te possuirei nas vagas, no voo das aves
Nas lamentações da tua voz ausente

Se te faço fé na escuridão desesperada
Para que sejas a gota na manhã orvalhada
Das terras secas desabrochando em outros leitos
Poderei partir de mim a tua liberdade eternizada

http://www.luso-poemas.net/modules/news/index.php?uid=17088

domingo, 8 de março de 2015

O canto de vida de Inezita Barroso


Inezita Barroso - Ronda  [Composição: Paulo Vanzolin]

Inezita Barroso, nome artístico de Ignez Magdalena Aranha de Lima (São Paulo, 04/03/1925  — São Paulo, 08/03/2015), foi uma cantora, atriz, instrumentista, bibliotecária, folclorista, professora, doutora honoris causa em folclore e arte digital pela Universidade de Lisboa e apresentadora de rádio e televisão brasileira, atuando também em espetáculos, álbuns, cinema, teatro e produzindo espetáculos musicais de renome nacional e internacional.
Inezita começou a cantar e tocar violão e viola desde pequena, com sete anos. Estudiosa, matriculou-se no conservatório e aprendeu piano.  Desde 1980 comandava o programa de música caipira Viola, Minha Viola, pela TV Cultura de São Paulo. Apresentou também no SBT um programa musical, aos domingos pela manhã que levava seu nome.
Inezita Barroso é reconhecida também como atriz de teatro e cinema. Por onde atuou, ela ganhou prêmios importantes, como o Troféu Roquette Pinto, como Melhor Cantora de rádio; o prêmio Guarani, como melhor cantora em disco, além de ganhar também o Prêmio Saci de cinema. Em 2003, foi condecorada pelo governador de São Paulo com a Medalha Ipiranga, recebendo o título de comendadora da música raiz.
Desde a década de 1980, Inezita Barroso ainda arranjava um espaço na agenda para dar aulas de folclore. Atualmente, lecionava nas faculdades Unifai e Unicapital, onde recentemente recebeu o título de doutora Honoris Causa em Folclore Brasileiro. Em novembro de 2014, foi eleita para a Academia Paulista de Letras, ocupando o lugar da folclorista Ruth Guimarães, morta em maio. Em fevereiro de 2015, Inezita foi internada no Hospital Sírio Libanês, onde morreu na noite de 8 de março de 2015. http://pt.wikipedia.org/wiki/Inezita_Barroso
http://www.inezitabarroso.com.br/

quinta-feira, 5 de março de 2015

100 anos de Mário Lago

Homem do Século XX - Memória em Movimento
Música - Poemas e Poesias - Cinema, Teatro, TV - Literatura - Frases
http://www.mariolago.com.br/home.php 

O amor é a vida

Mais de um amor numa vida
É muito fácil de ter
A dor de amor é esquecida
Talvez nem chegue a doer
Mesmo se o fim é tristeza
Vazio no coração
No fim só fica a beleza
De uma bonita paixão

E embora o amor destruído
E o tanto que se sofreu
O tempo não foi perdido
A gente é que se perdeu

http://www.mariolago.com.br/poemas_e_poesias.php

quarta-feira, 4 de março de 2015

Onde exista um grande vazio


Chiara Civello - A me non devi dire mai [C Civello & T Bungaro]
1°violino: Lisa Green ;  2°violino: Zita Mucsi ; Viola: Nico Ciricugno
Cello: Zsuzsanna Krasznai. Album: Al posto del mondo anno 2012
Chiara Civello é uma cantora, compositora e pianista italiana cujas composições têm influências claras de jazz e blues. Berklee College of Music. http://www.chiaracivello.com/web/

Minerva and the Nine Muses - BALEN, Hendrick van
(b. 1575, Antwerpen, d. 1632, Antwerpen) - Oil on panel - Private collection http://pt.wikipedia.org/wiki/Hendrick_van_Balen

~.~.~
Onde exista um grande vazio

Queria das flores o teu perfume
Do teu corpo as noites de um luar
Sentir apenas do teu olhar o lume 
Nas auroras o teu sereno despertar

Eram primaveras das mil e as miúdas flores
Lembranças de um rosto com o teu carmim
Da delicadeza que despes com teus amores
Com todas as suaves cores de um querubim

Quando lembro que estive na tua frente 
Como um outono sereno que se instalava
O desejo de um corpo e o amor em mente 
Não passara por um sonho em duas partes

Como uma tristeza em derramar alegria
Das horas de um breve toque de mãos
Te sentia fluida, turva como uma gota fria 
Transbordavas sorrateira como o silêncio 

Era o tempo, a dar-te as asas para voar
Numa viagem para o teu sonho sem fim
Fiquei a tua espera, da outra asa nascente 
Estou guardado na ausência do teu jardim

Preciso mais, ver-te mais, por um instante
Descobrir-te numa razão principal para viver
Da tua imagem cada vez mais transparente
Guardar-te nos olhos como a luz na escuridão

Talvez possa te encontrar com o tempo
Como em teu caminho passa o longo vento
Onde não resistiremos de um grande vazio
Se de ti nada mais houver, eu te invento

Te invento na dor que sentou-se à mesa
Falando sobre um gemido aparente da dor
Pensara sentir-te num abraço em seu peito
Era o desejo perdido de um profundo amor

Te invento em todas as formas do ar
Do amor que não soube que poderia ser
Onde exista um grande vazio, te invento
Te invento como uma música cheia de céu 
E a lua brilha na dor e nos mistérios de amar

~.~ "Sem música, a vida não teria sentido" ~.~
F. Nietzsche

http://www.luso-poemas.net/modules/news/index.php?uid=17088