sábado, 17 de novembro de 2012

Eternos versos




.Pedido perfeito
Pedido como criança
Uma máquina do tempo
Brincando de zigue-zaguear

Te tornarias eterna
Um sol marcando as horas
Nos ponteiros do relógio
Feito folhas o tempo cai

Se esvais em chafariz de flores
Gotejando sobre os passantes
Nos amores estáticos do vento
Tanto  na vida quanto mundana

Se a sobrevivência persegue
Um papiro afoito pela caneta
Num preciso veneno
Para  tornar peçonha

Sábias estórias de não contar
Como as encontras no vento
Para que muitos poemas
Se há tão poucos loucos?

Se escreves em meias palavras
Para tornar-se  inteira
Não és metade, nem és meio
És rarefeita

Vem ler-te para tornar pessoa
À toa, a-toa furtando versos
Vivente numa canoa
Na proa vagas do tempo

Ah, essa alquimia
Reconhecidas no piscar do vento
Entre substâncias raras
Na mistura das essências

Substâncias de encantamento
Decantas no exato momento
Do nascer do terceiro elemento
Num simplório amor em versos

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