INSENSATEZ (Tom Jobim & Vinicius de Moraes) Pedro Aznar e cecilia echenique
Em majestosos versos em turba lírica
Faz das palavras os teus malabares
Do erudito para a pseudo-sapiência
Saciando a ira dos seus verbetes
Inculta e bela é a flor do lácio
Semi-nua de jóias raras e soberba inútil
Nos brocados não lhe fazem o brilho
Mas na simplicidade inata faz-se bela
Correntes feudais do imaginário
Esporões metálicos de sua nobreza
Nos amplos salões da supremacia
Com as mãos vestidas de cortesia
Do alto das torres contemplas o ego
Nos bailes de máscaras se faz pessoa
Na pobreza alheia se faz riqueza
Encontre a plebe ao saires pelos fundos
Tecem estratégias na escuridão
Planos de guerra e de possessão
Somam alianças com almas perdidas
Na iniquidade mediana da ignorância
Santa irmandade nos feixes filosóficos
Ranço feudal no contemporâneo
Sorvedores de energia dos vassalos
Buscam n'outros olhos igual preconceito
Não se sabem reinantes nesse castelo
São relés transeuntes entre os alicerces
São pobres mortais na própria realeza
Pelos salões e platéias são só passantes
Inculta dos berços romanos
Restará em sua magnitude
(Protetora materna dos humildes!)
Inculta e bela é a flor do lácio
Todo resto são passantes
Venho com salvas de despedida,
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