When I Fall In Love[Victor Young (music) and Edward Heyman (lyrics)1952]
Keith Jarrett Trio in Live Concert
KeithJarrett.org
http://www.keithjarrett.org/
An unofficial website about jazz pianist Keith Jarrett
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Imagen: René Groebli
http://renegroebli.com/
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Me enseñaron a avergonzarme de mi cuerpo,
de mis actos, de mis pensamientos.
Me enseñaron que lo que pienso es absurdo,
que lo que hago es ridículo, que lo que deseo es sucio.
Y aprendí a no decir lo que pensaba,
por vergüenza de que alguien a mi alrededor
pensara algo mejor.
Y aprendí a no hacer lo que me apetecía,
por vergüenza de que alguien a mi alrededor
creyera que era inoportuno.
Y aprendí a no perseguir lo que deseaba,
por vergüenza de que alguien a mi alrededor
opinara que era inapropiado.
No contenta con someterme a la mirada externa,
me plegué también a la vergüenza ajena.
Y aprendí a preguntarle a la vergüenza cómo vestirme,
no vaya a ser que alguien pensara que
voy buscando gustar, destacar.
Y aprendí a escuchar a la vergüenza al desnudarme,
no vaya a ser que me sintiera cómoda en mi cuerpo,
y me acostumbrara a enseñar(me)lo sin miedo.
Y aprendí a consultar con la vergüenza antes de abrir la boca, no vaya a ser que dijera sin filtro
lo que me pasa por la cabeza,
y se enterara la gente.
Y dejé de bailar, de reír a carcajadas,
de preguntar lo que no entiendo, de opinar lo que pienso,
de compartir lo que siento, de pedir ayuda, de ponerme faldas, de ir a la playa, de comer o llorar en la calle,
de ir sin sujetador, de pintarme, de salir sin pintar,
de bajar a la calle despeinada,
de usar esa ropa que dicen que no me queda para nada,
de llamar a quien echo de menos,
de tomar la iniciativa, de decir que No, de decir que sí,
de quejarme, de vanagloriarme, de estar orgullosa,
de admitir que estoy asustada.
Y, a base de sentirme cada día más avergonzada,
entendí que mi vergüenza nunca iba a sentirse saciada.
Que toda la vida iba a imponerse
entre yo y mi representante impostada.
Así que busqué a mi sinvergüenza interna.
Y le costó salir un poco,
le daba vergüenza.
Pero acabó sacándome a bailar,
haciéndome dúo al cantar,
saliendo conmigo a la calle con la cara sin maquillar, animándome a hablar,
a ignorar las cosas que me deberían avergonzar.
Y ahora no tengo tiempo para sentir vergüenza;
estoy ocupada viviendo.
Autor desconocido
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Me ensinaram a ter vergonha do meu corpo,
dos meus atos, dos meus pensamentos.
Me ensinaram que o que eu penso é um absurdo,
que o que faço é ridículo,
que o que desejo é sujo.
E eu aprendi a não dizer o que pensava,
por vergonha de que alguém ao meu redor
pensasse algo melhor.
E eu aprendi a não fazer o que me apetecia,
por vergonha de que alguém ao meu redor,
eu acreditasse que era inconveniente.
E eu aprendi a não lutar por aquilo que desejava,
por vergonha de que alguém ao meu redor
pensar que era inapropriado.
Não contente em me submeter ao olhar externo,
me apeguei também a vergonha alheia.
E eu aprendi a perguntar à vergonha como me vestir,
não vá ser que alguém pensasse
que estou procurando por gostar, destacar.
E aprendi a ouvir a vergonha quando tirei a roupa,
não vai ser que eu me sentisse confortável em meu corpo,
e me acostumar a ensinar (me) o sem medo.
E aprendi a consultar com a vergonha antes de abrir a boca,
não vá ser que dissesse sem filtro
o que me passa pela cabeça,
não vá ser que dissesse sem filtro
o que me passa pela cabeça,
e se soubesse as pessoas.
E deixei de dançar, de rir alto,
de perguntar o que não entendo, de opinar o que penso,
de compartilhar o que sinto,
de perguntar o que não entendo, de opinar o que penso,
de compartilhar o que sinto,
de pedir ajuda, de usar saias, de ir à praia, de comer,
ou chorar na rua, de ir sem sutiã, de pintar,
de sair sem maquilagem, de ir à rua despenteada,
de sair sem maquilagem, de ir à rua despenteada,
de usar aquela roupa
que dizem que não me serve para nada,
de chamar quem eu sinto falta,
de tomar a iniciativa,
que dizem que não me serve para nada,
de chamar quem eu sinto falta,
de tomar a iniciativa,
de dizer que Não, de dizer que Sim,
de reclamar, de imodéstia de estar orgulhosa,
de admitir que estou com medo.
E, à base de me sentir cada dia mais envergonhada,
percebi que a minha vergonha nunca ia se sentir saciada.
Que toda a vida ia ser impostas
entre eu e minha representante impostada.
Então procurei a minha sem vergonha interna.
E Custou sair um pouco,
ela tinha vergonha.
Mas acabou me convidando para dançar,
me fazendo dueto ao cantar,
saindo comigo para a rua com a cara sem maquiagem,
encorajou-me a falar,
encorajou-me a falar,
a ignorar as coisas que me deviam envergonhar.
E agora não tenho tempo para sentir vergonha;
estou ocupada vivendo.
Autor desconhecido