Al Di Meola - Soledad - Live in Warsaw, 2000 [2]
Luzes escondendo estrelas
Na noite findando o mistério
No quase dia, na quase noite
Quase tudo no final da espera
O cansaço reside nas pálpebras
Nas sonolentas meninas das íris
Repousadamente despertas de si
Nos dois horizontes dos olhos
Vislumbra no esquerdo o amor
Se esconde o direito da dor
No vazio preenchendo o ninho
Faz-se janela abrindo em paisagem
Longas cercas margeiam a estrada
Farpeando fios estacando as horas
Centenas de passos em tique-taques
Num vulto longínquo da esperança
Crepusculando será que voltas,
Na quase noite, do quase dia?
Na espera final do quase tudo,
Se acendes as estrelas na lua?
Encantas a aurora que cantas
Os passarinhos da alvorada
Teus corpos vestidos de pena
De pena perdem-se no azul
Encantando o canto da aurora
Fazendo o sono dos passarinhos
Sonham manhãs em revoadas
No azul escuro pintando as penas
Na janela desfaz-se a paisagem
Na escura estrada sem margens
Como irmãs a aurora e a esperança
Repousam os sonhos das manhãs