segunda-feira, 9 de agosto de 2010
Praia dos anjos
Hoje resta o que reservo
Em silêncio apenas observo
Diante dos olhos a vida
E a incerteza sobre a verdade
Outrora sobre a areia branca
Um castelo sem tranca
Repleto de sonhos e dormida
Sem tempo de adversidade
Inocente acuidade cristalina
Transparente musselina
Tremulando sob a onda
A fina areia branda
Num meio-tempo sem tempo
Numa praia sem nome no Olimpo
Possívelmente a dos Anjos
Porventura a dos arcanjos
Lá te encontro sem nome
Segurando a mão no andaime
No muro da minha fortaleza
Num gesto de sutileza
Por onde andará esse rosto
Por entre o labirinto em desgosto
O tempo sem tempo, sem vida
Fez divergente o meu destino
Nesse idílio diante do mar
Na utopia de ser feliz
O destino irá consumar
Enquanto vivo o que não fiz
No momento do alvorecer
Emergindo do mar o sol nascente
Escrevo esse verso poente
No caminho bifurcado carecer