segunda-feira, 30 de novembro de 2009
Simplicidade
Sou um poeta que não necessita de amores
A mim basta uma lua e algumas estrelas
Não serei o poeta de um mundo maldito
Onde mais se destrói e se desarmoniza
Serei sim o poeta de inspiração estelar
Assistindo o verde e o mar findando
Não sou um poeta de inspiração entristecida
Apenas observo os malditos acabarem com o mundo
Não serei o poeta caduco de um mundo acabado
A mim basta uma lua e algumas estrelas
Serei um poeta na simplicidade do que penso
O restante é efêmero e muita cumplicidade
Escuridão
A noite tem o brilho da lua
Solidariamente taciturnos
Os cães ladram nas ruas
Como se unidos pudessem
Amanhecer a noite em luz do dia
Afuguentando todas as sombras
Não se importando com o tempo
São as sombras do passado
Que obscurecem o presente
Continuamente como lembranças
Percorrendo as noites e os dias
Como a inversão plena da imagem
E no momento oportuno do destino
Agiganta-se sombriamente sobre a imagem
Deixando apenas o vazio sem sombras